Já não era sem tempo! Para quem nos acompanha, deve lembrar que no ano passado falamos sobre o projeto que previa o reajuste do salário mínimo para R$ 788,06. E como dito anteriormente, se não houvesse nenhuma mudança com o projeto, esse valor entraria em vigor logo no primeiro dia do ano. E assim foi, no dia 01 de janeiro o salário passou de R$ 724 para R$ 788 tendo um aumento de 8,8%, ou sessenta e quatro reais.
O aumento de salário não beneficia somente no aumento da verba nas contas dos brasileiros, com essa mudança, cresce também o valor dos benefícios e dos serviços que usam o piso como referencia para seus funcionários.
Junto, subiu também o valor do seguro desemprego, desde 1990 o benéfico é concedido ao trabalhador desempregado sem justa causa. O valor mínimo passa a ser também de R$ 788 reais.
A atual regra vale para todo o ano de 2015, precisando ser renovada ou modificada para 2016. No ano de 2008, a regra foi criada durante o governo Lula como forma de garantir ganhos reais ao salário mínimo.
Economistas ficaram divididos com relação as modificações futuras para a regra.
Alguns defendiam uma mudança afim de reduzir o impacto nas contas públicas, já que grandes despesas como a previdência social são veiculadas à regra.
Nelson Barbosa, no período em que estava fora do governo, colocou em questão a ideia de veicular o aumento dos benefícios salariais de acordo com o crescimento do salario médio da economia brasileira. Assim a população realmente cresceria junto com o país.
Todas as outras propostas que foram colocadas em pauta, tinham a intenção de moderar o ritmo de crescimento do salário mínimo, mas sempre mantendo um reajuste real que ficasse a cima da inflação.
Ainda houve economistas que propunham o crescimento à índices de produtividade, evitando assim, um conflito entre empresas brasileiras que não ficariam pressionadas com relação ao seus gastos e perderiam a competitividade no mercado.
De acordo com estudos das Centrais Sindicais, o aumento real do ano de 2016 será muito baixo, já que a economia brasileira deve crescer perto de zero com relação ao ano passado. Isso se dá, de acordo com a desaceleração do PIB nos últimos anos, reduzindo o valor real do mínimo.
Neste caso, os sindicalistas preferem que não tenha um ajuste na regra que possa vir a reduzir o reajuste salarial a médio prazo, e sim que seja feita a sua manutenção para seguirmos ao ano seguinte da mesma forma.