Desde o final do ano passado, tem se discutido muito sobre os benefícios e os problemas que as novas faixas exclusivas para ciclistas vêm trazendo à cidade.
A população de São Paulo ainda parece dividida em relação às ciclovias e à real melhora que trazem à cidade.
Há quem diga que elas estão atrapalhando o andamento das vias, tomando o lugar das vagas de estacionamento e que ainda podem atrapalhar o comércio local. Mas, na verdade, é preciso analisar o caso com muito mais cuidado e menos superficialidade.
A cidade de São Paulo é um dos polos mais movimentados do mundo, onde carros, bicicletas e pedestres muitas vezes dividem o mesmo espaço, sem ter uma opção mais segura e exclusiva para cada um deles.
No final do ano passado, 11,9 quilômetros de ciclovias foram implantados no Jardim Helena, bairro que proporcionalmente apresenta o maior número de ciclistas de todo o município, ligando-o a São Miguel Paulista.
O prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou que a instalação do circuito é uma forma de contribuir e agradecer ao bairro, que há muito tempo já vinha dando exemplo para a cidade de São Paulo, mas que só agora foi reconhecido.
Confira o vídeo da reportagem realizada pela TV Câmera São Paulo.
Mas não há só o lado bom. Algumas ciclovias não recebem o mesmo cuidado que outras. Muitas são construídas sem o devido planejamento e acabam prejudicando a vida do ciclista e realmente atrapalham o trânsito.
Para crescermos como cidade, de um modo geral, é preciso saber conviver em conjunto. Respeitando o espaço dos carros, das bicicletas, dos motoqueiros e dos ônibus.
Devemos sempre cobrar por um Transporte Público de qualidade dos nossos governantes, cobrar por espaço reservado para mobilidade de veículos individuais, como as bicicletas e as motos. Mas também é preciso aprender a respeitar todos os meios.
Vamos parar de olhar somente para os nossos para-brisas e levar o exemplo do bairro Jardim Helena adiante.